Fustigantes Ventos de Mudanças Malquistas

Os ventos estão mais fortes

que os pesos de papel

Não vou correr para o abismo

Na beira; lama e fel

....

Um café e um calmante

Quando o amanhã chega

E o corpo não descansou

E o sol pinça o nervo ótico

E eu nem lembro pra onde vou

Um café e um calmante

Pra controlar o ranger dos dentes

Pra me fazer de indiferente

E aceitar os indiferentes

Sem planejar o daqui pra frente

Os ventos estão mais fortes

Que as pás dos moinhos

Entre uma tarefa e outra

Um calmante, um cafezinho

Um café e um calmante

Pra enforcar o grito na garganta

E aturar este sacripanta

Dono de toda verdade

Desvirtuada realidade

Pra qual não quero acordar

Um café, um calmante

E um relaxante muscular

Faz tempo que passei do ponto

De pensar em ser agressivo

Um café, um calmante

E um antidepressivo