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Sussurra na areia,
o silencio do mar...
Como o sangue que corre na veia,
Corre o desejo de amar.

E o mar sacode ofegante,
Nas pedras da sua sina,
Com seus labios espumante,
beija a areia tal qual sua menina.

E nesse silencio gritante,
meus pés marcam a areia...
O pensamento distante,
Minha alma permeia.

Então olho o mar ao longe,
Num olhar perdido e sem fim...
Uma tristeza de monge,
só, o Eu solitário dentro de mim.

Minha alma resmunga...
Em meu coração ecoa..
Meu pensamento comunga,
O triste sentir de um amor que voa.

Tal qual um pássaro perdido,
arrancado do seu próprio ninho...
Nada lhe faz sentido,
nem mesmo o mar no meu caminho.

Mas na solidão da minha opção,
Que não dorme em sonhos,
E nem chora sob uma doce canção,
Mas, lamentos voam em sussurros tristonhos.

E quando a brisa roçou minha tez...
E acariciou me na sua suave beleza,
Alegrou-me o Sol na sua vez,
Socorrendo me então, na sua singeleza.
 
 
 
 
 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 05/01/2018
Reeditado em 05/01/2018
Código do texto: T6218036
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