Morfina

Morfina

E enquanto escrevo estas linhas,

As anteriores já não tem sentido.

Como uma cegueira desenfreada,

Ou lavagem cerebral desajustada.

E se eu pudesse rasgar meu peito,

Tocar no que me afeta por dentro.

Arrancaria esse ranço de uma vez,

Os ferros que causam este aperto.

E calaria estes gritos alvoroçados

Que a noite me oprimem a mente.

Troco o peso dos meus pesadelos

Por milhões de imagens oceânicas.

E quando existir esta oportunidade,

Entenderei exatamente a liberdade.

Agora pressiono as paredes da dor

Esperando que uma hora ela se vá,

Nem morfina cessa minha agonia.

Paulo Victor

Victor Cunha
Enviado por Victor Cunha em 27/12/2017
Código do texto: T6209323
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.