Se chamar, eu vou
Triste rosa perfumada,
chora no orvalho da madrugada,
a solidão de um coração partido,
a saudade das doces palavras,
a ausência de seu beija-flor...
Triste estrela do mar,
olhar azul da perda oceânica,
na corrente que segue para o mar,
na via láctea que se abre ao infinito,
na estrada que segue somente para o sul...
Observo sua história,
sem poder interferir,
sabes que sou apenas um anjo protetor,
mas se chamar, eu vou...
Triste estrela cadente,
perdeu uma constelação de significados,
tateando no escuro por uma poesia em braile,
esperando ouvir no sopro do vento seu destino,
para dançar as pegadas inscritas na areia...
Triste planeta esvaziado,
tanto espaço solitário,
rios sem água,
atmosfera sem oxigênio,
sofrendo o abandono de si mesmo...
Observo sua trajetória,
mantenho minha guarda vigilante,
sabes que sou apenas um corvo da noite,
mas se chamar, eu vou...