Vento noturno
Escuta! É o vento.
Este violoncelista louco
tocando um noturno
na noite invernal.
Soando, sibila.
Zunindo, esbraveja.
E eu em meu quarto
tento em vão coordenar
os acordes do insano.
São tantos os sons,
é tanta a desordem,
que nas nota que ouço,
misturam-se os tons.
Seria um bemol de nota agourenta,
um fá de agonia, um gemido do além?
E estoutra a que clave pertence?
Parece que a noite
Com sua negra batina
É quem rege o compasso
Deste doido a soprar.
Escuta! É o vento.
Este violoncelista louco
tocando um noturno
na noite invernal.
Soando, sibila.
Zunindo, esbraveja.
E eu em meu quarto
tento em vão coordenar
os acordes do insano.
São tantos os sons,
é tanta a desordem,
que nas nota que ouço,
misturam-se os tons.
Seria um bemol de nota agourenta,
um fá de agonia, um gemido do além?
E estoutra a que clave pertence?
Parece que a noite
Com sua negra batina
É quem rege o compasso
Deste doido a soprar.