A faca que gira em meu coração

Sobre tudo que tenho intento

nada me vale

velo um amor

que nasceu e morreu ainda no pensamento

Cortes profundos dilaceram minha vontade de sorrir

mais, rasgam como o corte de uma faca

meu peito agora arregaçado

E um desejo enorme de sumir

Entre tantas peças que a vida nos prega

nunca se quer ser coadjuvante

Mas o traidor impulsivo coração

vai amar delirante

Entrega...

Quando é Amor apenas é

Não há quantidade

Queremos a felicidade no que podemos oferecer

Qualidade

Mas não.

Ela não quer meu coração

deito tudo ao chão

pétalas de uma rosa

Que nasceu tão formosa

E acabando a nossa primavera

está morta em minhas mãos

Ela e eu, quem me dera

Sonhos, planos e muita confusão

tudo agora jaz aqui no papel

esperando sua cova num bordel

de versos desiludidos

O poeta confundido

Torto por amar a solidão

vai mais uma vez

Erguer a cabeça

Antes que amanheça

Recomeçar do chão...

Amar é assim

não quer dizer que o amor que desejo virá para mim

Apenas um sonho

onde construo o começo, traço o trajeto em ideais

sem nunca esperar o Fim!

acabou

fico

com o vazio

amor

que

nunca

começou

e os espaços

entre os versos

poderiam ser

preenchidos

com uma linda e simples história de um Par

que se separou...

lacunas causadas pela faca girando em meu peito

na velocidade de um liquidificador.

apanho sangrando meus restos no lixo

Nunca fui homem

Sou muito mais bicho

Predador que foi presa

agora na boca da fera

a vida se esvai

a faca dilacera deixando me todos os ais...

olho os casais e penso

NÃO!

NUNCA SERÁ ASSIM PRA MIM.

Como alguém poderia amar um ser tão desprezível que mal escreve versos

Melhor voltar para o escuro invisível onde sempre tropeço

Amor, Deixo para os amantes...

Apenas escreverei Poemas

dentro da poesia que está fora de mim

morram se os versos

a dor consome tudo que sou

Finjo estar forte mas as lágrímas traiçoeiras não param

Meus pensamentos de angústia não se calam e vou morrer

de Amor.

Não existe poeta que não ama

Mesmo no vazio da cama

inventamos um mundo para ele

brotamos dele

e sofrendo ou não voltamos para ele

pois, ser poeta é comungar com o amor

Seja nas alegrias, seja na dor

Mas pare por favor

meu coração já se acabou...

nada mais tenho a entregar

rasgue me o cérebro que continua a pensar.

Bom rapaz abre o coração e sofre demais ...

Lauro Camilo
Enviado por Lauro Camilo em 15/12/2017
Reeditado em 15/12/2017
Código do texto: T6199374
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