O Andarilho

Sigo, pelas estradas da vida,

onde já vi, um belo jardim,

flores brincando, de desabrochar,

hoje, não está mais assim.

A chuva, que refrescava um beijo doce,

hoje alaga e desaloja os sentimentos,

o vento, que trazia a paz de um descanso,

leva embora as lembranças dos bons momentos.

O amor, que valseava com a paixão,

vive, a se esconder do fim,

a batida apaixonada do coração,

fez morada no silêncio e não emite nem mais um plin.

O andarilho aqui, chora em seu interior,

aquela linda floresta, virou cinzas de desmatamento,

minhas lágrimas, são como a catarata da tristeza e da sinceridade,

meu Deus, pra onde foi todo aquele encantamento?

A natureza, soa melancólica em meus ouvidos,

a paisagem, me dói a vista,

sigo por esse caminho, motivado pela desmotivação,

como um barco, numa pista.

Ricardo Letchenbohmer
Enviado por Ricardo Letchenbohmer em 14/12/2017
Reeditado em 14/12/2017
Código do texto: T6198890
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