Morrer para germinar...

Num labirinto de sombras

Se perdeu meu sonho

Num brilho alheio de ilusão

Apostei minha alegria...

Fazendo o percurso de Alice,

Encontrei meu gato...

Dispo meus receios

De olhar para mim,

E vislumbrar o que sobrou agora

Brumas de personalidade

Fixando os holofotes na realidade,

Vejo nítido o que ao longe pareceu pálido...

Revestida com a coragem dos de Verona

Lancei-me numa jornada rumo ao êxtase

E acessa as labaredas em mim

Não foi possível apagar as chamas...

A paixão se espalhou

Como o vento da tua presença...

Terra árida estou...

Mas se por um lado a força do fogo destrói

Por outro purifica...

No explodir de um vulcão

As lavas queimam tudo que encontram em seu caminho

Destruído o velho, adubando para o novo...

E a terra se renova,

E a relva floresce mais forte que nunca!

Uma nova estrela brota

Na explosão de uma nova...

Que em combustão dos opostos

Se formou...

Num núcleo da realidade alternativa

Jaz a lascívia bandida

Que me rouba a calma

Acorrentando-me a alma

Nos rochedos da desilusão...

Mas a visão é esplêndida!

Quando observada, suspensa no ar

Pelas asas de Cupido...

Flechada, ferida, apaixonada

Perdida...

Tendo o sorriso prisioneiro agora

De uma emoção...

E me percebo,

Inquilina, mais uma vez

Da hospedeira solidão!

Observadora
Enviado por Observadora em 07/12/2017
Código do texto: T6192607
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.