É de mim
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É de mim
Nós nos perdemos em nós mesmos.
Com o outro, temos apenas encontros
– Os desencontros são frutos do nosso perdimento.
Nós nos desgastamos em nós mesmos.
Com o outro, preservamos a identidade do não eu.
– O eu que destrói deixa severas marcas do tempo.
Nós nos agredimos a nós mesmos.
Com o outro, defendemos o salutar viver a dois
– Os arrependimentos são reflexões tardias, lamento.
Nós nos desgarramos de nós mesmos.
Com o outro, deveríamos abraçar as oportunidades
– O que corrói não é o que fomos, mas o tormento...
Do adeus.
Nijair Araújo Pinto
Crato-CE, 29 de novembro de 2017.
19h21min
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