Vale dos suicidas

Se a morte perguntar por mim

Diga à ela que saí

Que fui ali comprar

Uma garrafa de cachaça

E um maço de cigarros

Diga à ela que ja volto

Não sou covarde

E jamais vou fugir

Até por que a morte é liberdade

deixar de lado este corpo

Que um dia irá apodrecer

Debaixo da terra

Numa caixa de madeira

Sendo comido por larvas

Prisão mesmo é a mente

Estou alguns dias preso

Dentro de mim mesmo

E sendo terrivelmente espancado

Por pensamentos que eu nunca

Quis ter.

Outra vez a vida segue

Sem controle

Meu corpo se defende

com uma crise de depressão

E tudo que eu quero

É

Me trancar no quarto

Ficar la por uns 3 dias

Só fumando e escrevendo

Deitado em posição fetal

Fingindo que não existo

Eu disse a um tempo atrás

O que ninguém quis ouvir

EU ESTOU CANSADO DE VIVER

Devaneio infernal

Ou a traição da mulher que se ama?

A morte de meu pai que me atormenta

Ou a falta de grana?

O que é verdade nesse mar de coisas

Tristes que vivo entre uma poesia

E outra e outra e outra e outra

Puta fazendo cu doce antes

De abaixar a calcinha?

Se a morte perguntar por mim

Implore e ela que me espere

Quero morrer lúcido e

De forma rápida, ja que por hoje

Ainda não estou disposto

A caminhar no inferno

Pelo vale dos suicidas

Leandro C Sbrissia
Enviado por Leandro C Sbrissia em 28/11/2017
Código do texto: T6184122
Classificação de conteúdo: seguro