Anestesiada

Eu não choro mais, pois não a mais nada a derramar

lagrimas se foram assim como a vontade de viver ,

que adianta uma existência da qual estamos distantes de gostar ?

de que vale a perfeição se ela nos faz sofrer ?

Não a mais alma nesse corpo, só uma vida vazia

não existe mais porta para entrar, pois esse coração se recusa a bater

tudo que é capaz de me tocar é a noite com sua brisa fria

nem mesmo o sol pode me aquecer.

O destino não é incerto, pois infelizmente esta encaminhado para o fim

a cada passo que dou só fico mais próxima da agonia,

feridas cicatrizam mas, lembranças mostram o quanto tudo foi ruim

por que tanto esforço para agradar se é com mágoa que se termina o dia ?

A dor já não mais me afeta, estou anestesiada

foram tantos os embates na vida, que já não sou capaz de sentir

não a volta no tempo, nem mesmo cura para tratar onde estou danificada

aceitando minha impotência diante os fatos, só me resta partir.

Samanta Zubinha
Enviado por Samanta Zubinha em 17/11/2017
Código do texto: T6173980
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