ALMA ENFERMA
Tem dias (quase sempre) que gostaria de sumir
Desaparecer, mergulhar funfo no nada
Tem dias que gostaria de ser um atéu
Não acreditar em nada, nem nos demônios
Bem que poderia existir o ponto final;
Minh’alma sofre, está enferma, dorida
Com a angustiante solitária depressão
Com pressão alta aparentemente calma
Tem dias que a dor na alma pesa o corpo
Parece paralisar todos meus sentidos
Tem dias que a dor na epiderme da alma é tanta
Que o coração perispiritual não aguenta e sangra
Um sangue pálido que chega escorrer pelo olhar
Ah como eu gostaria de acreditar no fim da vida.
Porque não vivo, apenas existo, insepulto estou
Como eu gostaria de sumir do mapa
Mas como não sou ateú, (infelizmente)
Acredito em Deus e nas existências da vida
Então Senhor tenha misericórdia
De mim e de todos nós, enfermos do corpo e da alma.