ALMA ENFERMA

Tem dias (quase sempre) que gostaria de sumir

Desaparecer, mergulhar funfo no nada

Tem dias que gostaria de ser um atéu

Não acreditar em nada, nem nos demônios

Bem que poderia existir o ponto final;

Minh’alma sofre, está enferma, dorida

Com a angustiante solitária depressão

Com pressão alta aparentemente calma

Tem dias que a dor na alma pesa o corpo

Parece paralisar todos meus sentidos

Tem dias que a dor na epiderme da alma é tanta

Que o coração perispiritual não aguenta e sangra

Um sangue pálido que chega escorrer pelo olhar

Ah como eu gostaria de acreditar no fim da vida.

Porque não vivo, apenas existo, insepulto estou

Como eu gostaria de sumir do mapa

Mas como não sou ateú, (infelizmente)

Acredito em Deus e nas existências da vida

Então Senhor tenha misericórdia

De mim e de todos nós, enfermos do corpo e da alma.

Jô Pessanha
Enviado por Jô Pessanha em 11/11/2017
Código do texto: T6168533
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