Sonhos mortos

Perdi-me entre lágrimas e sonhos mortos.

Vago sozinha, meu peito está vazio.

Sou a água turva dentro do copo,

Sou assustador e gélido arrepio.

Vozes ressoam em minha mente,

Vultos me confundem, me apavoram.

Caminho vacilante e amargamente...

Sou o abandono e a ruína dos que choram.

A noite tenebrosa cai sobre mim...

Madrugadas de tormento e maus presságios.

Angústia torturante que não tem fim.

Dor de saber que não há ninguém ao meu lado.

A vida se arrasta em dias sem sentido.

A alma grita, clama por paz e liberdade.

A morte surge como um paliativo,

Mas como compreender essa nebulosa realidade?

Sinto que sou metade...

Sinto que algo se perdeu para sempre.

Queria compreender essa tristeza que me invade

E que ma mata, aos poucos, silenciosamente.

MCSCP

Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP)
Enviado por Maria Cleide da Silva Cardoso Pereira (MCSCP) em 10/11/2017
Código do texto: T6168164
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