Sonhos mortos
Perdi-me entre lágrimas e sonhos mortos.
Vago sozinha, meu peito está vazio.
Sou a água turva dentro do copo,
Sou assustador e gélido arrepio.
Vozes ressoam em minha mente,
Vultos me confundem, me apavoram.
Caminho vacilante e amargamente...
Sou o abandono e a ruína dos que choram.
A noite tenebrosa cai sobre mim...
Madrugadas de tormento e maus presságios.
Angústia torturante que não tem fim.
Dor de saber que não há ninguém ao meu lado.
A vida se arrasta em dias sem sentido.
A alma grita, clama por paz e liberdade.
A morte surge como um paliativo,
Mas como compreender essa nebulosa realidade?
Sinto que sou metade...
Sinto que algo se perdeu para sempre.
Queria compreender essa tristeza que me invade
E que ma mata, aos poucos, silenciosamente.
MCSCP