Novembro Chove

Novembro chove

não para de chover

chovem minhas dores

chove o meu sofrer

chovem meus desamores

será que não vai parar?

abro meu guarda-chuva

tento me proteger

mas chovem lágrimas

e chovem lembranças

que não consigo esquecer

corro para uma cobertura

buscando abrigo

mas não importa pra onde sigo

a chuva murmura

Não há abrigo

no chão, deito-me

a chuva cai

afoga-me

minha alma se esvai

e dela, despeço-me

Novembro chove

chove minha desilusão

chovem despedidas

chove decepção

chovem minhas lagrimas envelhecidas

Novembro chove sem parar

molha

esfria

desespera

e eu?

já nem ligo mais

Novembro chove

e com ele, chovo eu.

R J Ferreira
Enviado por R J Ferreira em 10/11/2017
Reeditado em 10/11/2017
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