CICATRIZ - Poesia Nº 02 do meu 6º livro "CONTRASTES"... Ainda não editado...
No princípio eram apenas as boas brincadeiras,
Na minha pueril liberdade, fantasiosa e juvenil.
Surgiam árvores, pássaros, flores e borboletas.
O esconde-esconde, pega-pega e banhos de rio!
De repente, um céu feio, sem ter brilho;
Um vento negro, morno, triste, misterioso...
Depois, uma tempestade seca sem ter cor,
Caiu como se fosse anunciar o ato maldoso,
Que me daria calafrios e uma imensa dor!
Animal agarrado em mim, de forma brutal.
Eu não pude reagir aos seus braços fortes.
Sentia-me rendido e, já entregue a morte;
Uma agonia extrema de um destino fatal!
Suas volúpias se misturavam ao meu medo e tremor,
Lágrimas, no vermelho sangue da minha carne ferida.
Caíram em mim, pedras e brasas, ali eu senti horror,
E a maldade, retirou por um momento a minha vida.
O intenso ódio me consumindo, sempre a queimar.
Meu receio, por nunca mais a alguém querer amar.
Vá, ó criatura, para o interior do inferno ardente,
Com o seu cruel e pecaminoso destino demente...
Nunca mais quero encontrá-lo na minha frente.
Agora, eu caminho com a imensa pena de mim,
As mágoas, como ferida aberta no corpo a arder.
E eu vou só, por essa terra a mim ingrata. Enfim...,
Terra de injustos acasos, onde tento sobreviver!
Quero que um dia desses qualquer,
Eu possa retornar a ser outra vez feliz...
E assim, sigo sempre tentando entender
As pessoas que ora, distraídas me olham,
Mas que nunca, por dentro do meu ser,
Veriam a minha profunda cicatriz!
Eduardo Eugênio Batista
@direitos autorais registrados
e protegidos por lei