Filho, adeus!

À memória de meu filho

Morto a 7 de agosto de 2017.

Não puderam teus olhos meigos

como nada puderam as luzes do céu noturno.

Anoiteceu-me a vista o mal de amor

e na doce fonte do nosso elo tremia algo.

Pergunta a divindade o motivo de me darem

o que me deram e o motivo de voltar à solidão

do céu e da Terra mais uma vez.

Filho, nada puderam teus olhos meigos

como nada puderam as luzes do céu noturno.

Ouvirei de noite teu som felino: ... pai,

meu pai... E no perdurar da vida

com as nossas feridas seguirei.

Leandro Ferreira Braga
Enviado por Leandro Ferreira Braga em 31/10/2017
Reeditado em 12/11/2017
Código do texto: T6158635
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