Espíritos

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Espíritos

Tantos pesadelos me afligem.

Vozes, gritos;

batidas de martelos.

Lágrimas, eu não as tive.

Gritos, vozes...

Resgatando elos.

Fantasmas falam;

tocam nossos sonhos

– Brindam em coquetéis.

Espíritos sussurram;

sopram aos ouvidos

– Beijam nossos anéis.

Não há medo.

Temo apenas o enredo

da irrealidade.

Meu desapego,

resulta do enlevo

da santa ingenuidade.

Sonhos,

nunca os tive.

Iguatu, 27 de outubro de 2017.

03h53min

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Nijair Araújo Pinto
Enviado por Nijair Araújo Pinto em 27/10/2017
Reeditado em 29/10/2017
Código do texto: T6154726
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