Viúvo de si mesmo
Vesti-me de viúvo
E fui-me sem fruto
com uma rosa
Do meu jardim
E com uma prosa
E cartas sem fim
Chegando lá no cemitério
Ocorreu-me um mistério:
Após o culto fúnebre
Jogo à rosa de minha mão,
Eu de cujo nome Calebe,
Para o dito cujo no caixão
À rosa que era preta
Tornou-se vermelha
Ao cair no esquife;
Às palavras de posse
E às roupas de grife
Começaram-se a decompor-se...
O que me doeu não fora
O tempo não vivido de outrora,
E sim, sorrirem de mim
Quando eu pr’aquele moço
Lanço tristes lágrimas, ao vir...
O seu tenro e eterno rosto
Neste fim de vida
só há pessoas conhecidas,
Porém, não me conhecem mais;
Eu morro aos poucos,
A ponto de não verem o cara eficaz.
Grito, porém, são moucos!!!
Vesti-me de viúvo
E fui-me sem fruto
com uma rosa
Do meu jardim
E com uma prosa
E cartas sem fim
Chegando lá no cemitério
Ocorreu-me um mistério:
Após o culto fúnebre
Jogo à rosa de minha mão,
Eu de cujo nome Calebe,
Para o dito cujo no caixão
À rosa que era preta
Tornou-se vermelha
Ao cair no esquife;
Às palavras de posse
E às roupas de grife
Começaram-se a decompor-se...
O que me doeu não fora
O tempo não vivido de outrora,
E sim, sorrirem de mim
Quando eu pr’aquele moço
Lanço tristes lágrimas, ao vir...
O seu tenro e eterno rosto
Neste fim de vida
só há pessoas conhecidas,
Porém, não me conhecem mais;
Eu morro aos poucos,
A ponto de não verem o cara eficaz.
Grito, porém, são moucos!!!