O Mais Maldito dos Dias

A esperança finda-se

Murchando o resto do amor que dizia ter

Apagando o resto da força

Fechando-me os olhos.

Morria ali, defronte a mim, olhando-me

Tratava-me como inferior, doente

No dia que me sinto o mínimo.

Faleceu de morte súbita no momento em que me disse

Que da tua boca não proferiria nunca palavras doces

Que era a mesma de alguns meses (quase anos) atrás

O maligno.

O coração parou quando chamou-me hipócrita

Em meio a própria hipocrisia

Como é de praxe.

Lágrimas derramadas e braços cruzados.

Humilhava-me.

Dava-me ódio e tua verdadeira face de presente.

Tornava mais maldito o mais maldito dos dias.

Fui embora quando meus olhos se abriram.

Egoismo, arrogância, narcisismo e cinismo (chamados personalidade)

Mataram em mim o que, talvez, nunca existira.

O que tocas apodrece, e tocaste meu coração.

Os verbos e as ações não se casam, como não nos casaremos.

De fato, sou criança ingênua.

Em acreditar que expurgaria teus males,

Amei o verbo, e não a carne.

Falava, desfalava, refalava

E desfalecia.

Colocando-me nas costas o peso da culpa.

Não via o motivo dos meus olhos fechados .

Não via em minha face o luto por sua morte.

E assim, no dia do meu nascimento, morrera.

E matara em mim qualquer chance de re-significação.

Mostrara-me o erro da esperança

O arrependimento por ter tentado.

Iniciei e terminei todos meus escritos sobre ti, falando da tua maldade.

Obrigado pelo presente.

Luan Tófano
Enviado por Luan Tófano em 22/10/2017
Reeditado em 10/01/2018
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