O Mais Maldito dos Dias
A esperança finda-se
Murchando o resto do amor que dizia ter
Apagando o resto da força
Fechando-me os olhos.
Morria ali, defronte a mim, olhando-me
Tratava-me como inferior, doente
No dia que me sinto o mínimo.
Faleceu de morte súbita no momento em que me disse
Que da tua boca não proferiria nunca palavras doces
Que era a mesma de alguns meses (quase anos) atrás
O maligno.
O coração parou quando chamou-me hipócrita
Em meio a própria hipocrisia
Como é de praxe.
Lágrimas derramadas e braços cruzados.
Humilhava-me.
Dava-me ódio e tua verdadeira face de presente.
Tornava mais maldito o mais maldito dos dias.
Fui embora quando meus olhos se abriram.
Egoismo, arrogância, narcisismo e cinismo (chamados personalidade)
Mataram em mim o que, talvez, nunca existira.
O que tocas apodrece, e tocaste meu coração.
Os verbos e as ações não se casam, como não nos casaremos.
De fato, sou criança ingênua.
Em acreditar que expurgaria teus males,
Amei o verbo, e não a carne.
Falava, desfalava, refalava
E desfalecia.
Colocando-me nas costas o peso da culpa.
Não via o motivo dos meus olhos fechados .
Não via em minha face o luto por sua morte.
E assim, no dia do meu nascimento, morrera.
E matara em mim qualquer chance de re-significação.
Mostrara-me o erro da esperança
O arrependimento por ter tentado.
Iniciei e terminei todos meus escritos sobre ti, falando da tua maldade.
Obrigado pelo presente.