Longe de Casa

Distante da minha terra,

Vem em pranto no fundo do coração,

Mesmo feliz aqui,

Sinto pena do sertão.

Boa era a vida de criança,

Saudades do meu pai,

Sem culpas, nem herança,

Quando lembro sinto paz.

Longe das coisas triste do Jardim,

Longe da chorosa cidade,

Sinto um frio dentro de mim,

Lembro daquela mocidade.

Olho pela janela,

vejo a chuva cair,

Penso no meu Jardim,

De novo me dá um frenesi,

Entendo isso, mas sinto uma coisa ruim.

Oh, Deus, por que os deixa sofrer?

Os miseráveis que só esperam a hora de morrer.

Sem trabalho lá, pra cá eu vim,

Ilumine esse paraíso, Pai,

Para que a essa seca tenha fim.