Jardineiro do tempo

Escarnei-me, pouso sobre as laminas que deixastes,

Não as vi, tão pouco notei em vossos fios tais contrastes...

E cheguei a outro fim com o ponto que fraseastes.

Agora,

Sou a brecha em que se vão os ventos,

O vão que se esvai a luz,

A fresta livre de um olhar duvidoso.

Sou novamente o ímpio de outro início...

Límpido e sem marcas até que me encontrem,

De conluio com o velho pecado.

........... “ Catarino Salvador “.

Catarino Salvador
Enviado por Catarino Salvador em 22/10/2017
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