A biblioteca chora

No quase silencio da calada noite,

Ferem os livros meus ouvidos como açoites,

Que gritam e bailam com ardor,

Não se importando assim, me causam horror.

Oh, mas por que não há nenhum eleito?

Sábios, em meio há estantes,

Ninguém os devora com a voracidade que lhes é de direito.

Recolhem-se rápido, num instante.

Assim, frios e quietos, seguem firmes,

Porque depois de tudo,

Não há ninguém que existe,

Para explorar esse universo esplendoroso e triste.