POESIA (SHAMBALÁH) NÃO MAIS VODCAS...

Na rede ao ouvir música...

Quando a tarde faz o sol empobrecer...

Com o pé encostado na história em escárnios dos medos...

Vontade de chorar...

Sem uma alma com calor atemporais...

Vontade suicida...

Suicídio de social trevas...

... Suicídio de dragões a habitar gargantas secas...

Suicídio de rapaz analfabeto de carinhos...

Eu tanto sonhei...

... E aclama Ó vislumbre do Leviatã...

E ela na poesia Helena pálida medo mitológico morreu...

Nas trevas uma morada de saudade...

Na desesperança pecado infernal...

Na boca o salivar sangue...

Olhos cegos de horror...

Murmúrio viril...

Minha cabeça navegando nos oceanos sombrios...

... Sentimento sôfrego...

... Coração imperdecido no tempo...

... Lágrimas do quarto frio em horripilantes aranhas...

... O rapaz descansa na carcaça maldosa...

... Porquanto, quando ratos me asssobrarem tudo desconstrói...

... É o xamanismo do perfeito beijo...

... Do perfeito amor entre os filhos de Azael à filhas de Sete.

... Essa música é triste...

Essa música é aguda...

... Destrói o tempo das almas em Shambaláh...

Não gosto de outra música...

Não gosto de deixar de ouvir...

Essa música fala do Paraíso...

... O Paraíso onde se inicia os acordes...

... O inferno existe e me quebranta num sussurro...

Ele tem uma voz de anjo perdido...

A música invoca Deus em loucura...

Nada é mais lindo que a nudez das notas...

Um grito silencioso e fatal traspassa-lhe...

... É um fim dos sonhos...

... É o gritar num saxofone transas com a sorte...

Música que num melodrama nos rouba...

De cordas do rapaz a descrever sua imaginação...

A imaginação da Árabe em brocados de púrpura...

... Pois a arte é isso que nos desmata...

... Por favor devolva-me deste violar letras da surdez virginal...

No segredo do pecado... Mora o mais sagaz cantor...

... O rapaz com um cigarro na boca...

Contempla o quarto escuro...

Não vê luz lá fora...

Não vê alegria lá fora...

... Sem sossego vislumbra morcegos...

Não vê mais esperança...

Somente a fumaça que desvanece...

... Na sociedade de si um câncer...

... De um câncer duma felicidade...

O rapaz por morrer diz adeus...

Morre o rapaz e nasce a nicotina exuberante...

... No diária o lembrar pranto e gozosos tragos...

... Aqui você abrirá os portões da Hiperbória.