Ledice
Procuro por debaixo dos lençóis desarranjados. Procuro ao despertar-me, encarando massas tão vazias. Presenças miúdas. Palavras solúveis. Afeições abatidas.
Você me vêm tão casualmente quanto desvanece. Sinto-te tão próxima quanto a pele sobre minha carcaça, mas tão improvável quanto refugiar-se do luar.
Quanto tempo ainda me resta para encontrar-te?
Em meio ao céu azul e infinito, flutuo.
Embaralhando-me como peças de um quebra-cabeça surrado e esquecido. Esperando pela união de todas as peças perdidas, na esperança de finalmente encontrar-te.
Mas, por Deus.
Quanto tempo ainda me resta?