Só posso conhecer o infinito
com a poesia.
Só posso conhecer a eternidade
através da poesia,
da arte,
da ciência...

Vou duplicar o DNA do lirismo.
Vou disseminar o DNA das musas e
de inspiradores...

Só posso burlar minha finitude
com essa caneta
esferográfica
a riscar e arranhar o papel
com a semântica vertiginosa
da palavra escrita

Esculpida no tempo da história,
no espaço da geográfica
e tatuada na alma dos sensíveis.

Não possuo a senha
Não decifrei enigmas
Não resolvi paradoxos

Os acalantei
para dormir
Retirei-lhe as forças
amenizando as contradições
Dinamitei as interseções


Não há nada em comum
Sou diferentes e diversos
Mas somos iguais
em tristeza e sangue.

Morremos
Abandonamos corpos
Deixamos rastros.
Vestígios fonéticos,
escritos e espirituais.

A poesia é vestígio.
É passaporte seguro
para conhecer infinito e 
a eternidade.

 
GiseleLeite
Enviado por GiseleLeite em 04/10/2017
Reeditado em 13/10/2017
Código do texto: T6132497
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