Melancolia
Melancolia, represa em minh’alma de enfraquecidas barreiras
Transbordo o peito em ácidas lágrimas,
Oriundas de existências esquecidas, passadas, futuras, presentes,
Perdidas no tempo, trancadas no inconsciente, divina lei
Tal qual andarilho perdido, rumo sem saber para onde,
Eterno nômade à procura da luz...
Oh melancolia, dentro de mim encontras morada,
Infeliz ser lutando por uma batalha perdida (?)
Passos em charcos terrenos, acumulados na jornada,
A cada salto, dura queda,
Afins que por mim passam e se vão,
Tão breves como o dia;
Atravessam-me a alma e me levam pedaços,
Momentos fugazes de alegria, fragmentos de ilusão, efêmeras distrações,
Amargas desilusões, errante solitário, tolo sonhador...
Oh melancolia, parece-me ser de ti meu destino,
Cansado estou, sobrevivo...