A UM PASSO DO PRECIPÍCIO
Estou perdida
peso a Deus,
pela minha vida
só silêncio aos meus ouvidos.
Momentos de agonia
solidão e amargura,
faz parte da vida vazia
já não adianta mais amar, e ser pura.
O tempo destila a alma
pelo desprezo, e a insegurança,
me tiraram a calma
já acabou a esperança.
As entranhas se contorce de dor
de tanta magoa e tristeza,
minha existência, é pregar o amor
que as pessoas devolve em fraquezas.
Onde estou?
com quem estou?
não sinto o que o vento soprou,
não sinto, o calor de quem me amou.
Quero me libertar,
destas trevas infames
quero, voar, voar, voar,
no sol queimar os vampis.
Assim como as águias
que voam direto para o sol,
para esquentar as penas
matando os piolhos do mal.
Só meus versos me alivia
a espada que me atravessa o coração,
se não fosse o consolo da poesia
já estaria moribunda no chão.
Há...como sinto saudade
de mamãe e de papai,
que me abraçavam de verdade
e essa lembrança não sai.
Quero de novo ser criança
brincar lá na pracinha,
no balanço que balança
como é bom ser menininha.
No fundo, todos somos pobres inocentes
querendo ser gente grande,
e é o que nos deixa mais ignorantes
e assim, a eternidade agente não garante.
Que pena,
não ha união
nem uma amizade plena,
o amor fugiu do coração.
São bonecos de pedra fria
nada esquenta essa humanidade,
cadê a misericórdia que havia
cadê o amor e a fraternidade.
Hipócritas, muitos que se dizem caridosos
que tiram o dinheiro do povo,
e gritam, como como elefantes furiosos
e a pobreza amanhece de novo.
Em quanto o mestre,
desfila com carro do ano
e esse irmão que se adestre
como um vira lata mundano.
Come comida, quando tem
de joelhos, implora,
a Deus um vintém
e quando ganha, o vilão explora.
Sempre foi assim
o povo no fogo arde,
do começo até o fim
nós somos ignorantes, e quem é o covarde?....