Ausência

O corpo cansa. A mente arqueja.

De corpo exausto, na saudade, rasteja.

Esqueço a dor do dia.

Ao raiar do sol, corpo pede cama,

Alma?

-Companhia.

Alma teimosa, outra cansada.

Só quer um dia.

Outra?

-Nada

Saudade de corpo presente.

Saudade de boca falada.

Prioridade na vida,

alma abandonada.

Alma insistente se cansa.

Andar sozinha, caleja alma de espinhos.

Sem ter cuidado, alma abandonada

só quer entendimento, bom grado.

-Mais nada.

Alma insistente também se cansa.

De promessas segue a vida.

Não mais dança.

Alma mole enrijece.

Uma alma se ausenta,

toda uma vida padece.

Ralúsia Nunes

11/09/2017

Ralú Nunes
Enviado por Ralú Nunes em 11/09/2017
Reeditado em 11/09/2017
Código do texto: T6110780
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