E SÓ...
Vê só! Não reparo mais na lua...
nem mesmo no próprio sol...
Num caminhar sem alma...
Traduzindo uma cara, só.
Não me espelha a face os sentimentos,
Sou apenas o que ousa, no momento,
Um sorriso tão triste e incerto,
Não humano, apenas caricatura.
vê só! Já me rompo na loucura...
No escuro, ente os lençóis...
A demência a se confundir com a calma...
Sem reflexo, apenas os olhos a sós.
Não me digo em meio as horas...
Pois indigno é meu silêncio...
Igual as lágrimas num lenço...
Tão fracas para tanto traduzir.
Vê só! Eis a meia-noite crua...
A insensibilidade raiando em prol...
Da passagem que me cala, impura...
Sobre mais um amanhecer e.... Só.