Adereço

Tornei-me enfeite, peduricalho

Adereço fiel

O objeto que sana as dores

De utilidade contada

Necessário quando dá

Peça sempre a se adaptar

Gastei breve

E escassa disposição

Ilusão de reciprocidade

Se atrasar o relógio

Não recupero o tempo

Despi meus sonhos

Fragmentos

O que de melhor havia

Desperdicei horas e dias

Em ausências

Numa crença intensa

Sobre infinitas possibilidades

Então

Assumo minhas responsabilidades

E me retiro

Dói, da bala ao tiro

O disparo do acaso

No alvo

Na mira

A vida ensina

Segue Adiante

Sem rota

A meta?

Sair sem bater a porta.

- Charlene Angelim

Charlene Angelim
Enviado por Charlene Angelim em 07/09/2017
Código do texto: T6106829
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.