Que venha a primavera, então...
Flores perfumam os caminhos
Por onde os meus passos tentam te esquecer
Na janela da minha alma
Planto rosas amarelas
Para proteger a minha saudade
Antes que a dor a arraste para longe da lua
Dos versos que um dia me fizeram
Viver um sonho tão lindo...
Aguardo a primavera na desesperança desses tempos
Novos rumos...Outros ventos...
Me reclino em minha poltrona
Buscando as rimas que foram para além do olhar
Que levaram a poesia para outras estradas
Me deixando um vazio de tanta dor
Nada desejo depois de agora
Não choro mais por dias de outrora
Desconheço os teus poemas de amor
Ainda tenho o teu perfume em minhas mãos
Mas nada sou a não ser solidão
Apenas me faço silente
Não me permito esperar
E sigo semeando estrelas
Para que possas contar.