Máxima Liliane
Fim nossa noite acabou
como um copo de mágoas
que bebe-se de um só trago
no frio desamor sem afago
O afeto convertido em sorvete
doce, gelado,derretendo,
Escorrendo entre meus dedos magros
Os mesmos vivos olhos
Que vibravam, agora vertem
Lágrimas de tristeza e sentimentos mistos
O que é isso?
Pergunto me:
Resisto. Tento, invento formas
Para não reconhecer o amor defunto
Um forte abraço, disfarço
Desfaço o laço de afeição
Dizendo ser o amor uma
prisão que não existiu
Mas consumiu e me cortou.
Brilha os olhos vermelhos
O sangue não sai
enquanto a lágrima cai
Escorre pela garganta lentamente
Deixando o gosto da dor ainda quente
por todo o corpo
Estomago, fígado, coração e pulmão
Todo o meu ser é solidão
E o sentimento que um dia, lágrimas secaram
Fazem com que sigam e transforme em tormento
Fim.
O amor acaba assim, como a taça de mágoas que ela provou
Da garrafa de pesares que ele quebrou e brindou com a solidão.
E o Adeus torna-se o Fim...