ROUXINOL
Ah, o seu cantar Rouxinol, enfeitiçou meu coração
abriu as porteiras do mundo
fez voar minha imaginação.
Fez brilhar a lua nos olhos meus
e o sol na minha pele arder em tatuagem:
o seu nome Rouxinol...
Mas a tristeza vil serpente
entocada rente ao chão
desfere o bote, escorre a peçonha
faz o mundo girar no galope desenfreado
do meu coração agoniado.
Ah, Rouxinol, o seu cantar não era meu
cada nota na sua pauta de um martelo agalopado
canta o seu amor sem dimensão e você se vai
nada é meu nem as cores do arrebol.
Ah, Rouxinol o meu morrer em vida apaga a luz do meu olhar...