Açoite
Parece pingar sangue,
E salpicar o meu caminho,
Nem o brilho do sol,
Nem voo do pássaro,
Nada tem graça, enfim.
Parece pingar sangue,
E inundar o meu ser,
É grande o meu padecer,
Falta-me compreensão,
Para superar esse sofrer,
Parece pingar sangue,
A minha alma está em transe,
Eu não queria que fosse assim,
Livre é o sonho e o desejo,
Mas a realidade não é assim.
Parece pingar sangue,
Em cada poro que há em mim,
É uma desidratação,
Consumindo-me, destruindo-me,
É um açoite à minha alma,
Sinto que está próximo o meu fim.