Águas Soteropolitanas

Se não houver nada mais importante para fazer

Imploro que saia dos versos em que criticas a nossa demora de estarmos juntos

E me pegue pela mão, me conduza para uma vida feliz

Eu ando sofrendo calado por não ter você por perto

Se não estiver se lamentando da boca pra fora

Me chame pelo nome, que ainda hoje sairei de casa e vou morar no teu carinho

Eu ando triste mesmo nos versos em que digo o contrário

Entre o que eu queria ser e o que sou

Ah, meu amor, que distância!

Queria ter filhos com você, não por prisão, mas para que o nosso amor tivesse a nossa cara, assim como fizera com o homem a quem dedicas os teus melhores dias

Sinto raiva de mim por ter sido falho e não ter percebido o teu amor enquanto havia tempo

Chorei pela pessoa errada e hoje choro de arrependimento

Caso ainda tenhamos tempo, caso a morte esqueça de nos alcançar

Eu te convido para fugir comigo, vamos morar na Bahia, namorar em Itapuã.

Se tiver coragem de cumprir as narrativas dos teus textos, eu te garanto amor fidedigno e felicidade imensurável

Tenho uma proposta de emprego para primazia brasileira

Podemos gastar nossas peles nas águas soteropolitanas

Podemos viver o amor além dessas palavras

Podemos recusar o fracasso de nossas vidas que só aumenta por consequência da nossa distância

Pedro De La Rosa
Enviado por Pedro De La Rosa em 20/08/2017
Reeditado em 20/08/2017
Código do texto: T6089555
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