UMA PAUSA.
Vejo-as como gotas de chuva,
A sua intensidade é igual a um relâmpago.
A dor é insuportável ao som da trovoada.
Não posso fugir, não aguento as lágrimas.
Deito-me e visualizo como é grandiosa,
A chuva refresca os ânimos das precipitações.
Gotas grossas escorrem pelo semblante,
Coração suplica que não tome decisão agora.
Olhos vermelhos brilhantes a trovões,
Sinto que posso seguir o meu caminho.
Um dia nos reencontraremos nesta infinita trajetória.
Meu coração deu seu estrondo de desespero com a realidade.
Lágrimas de sangue fluem como nascente,
Despedacei as barragens do meu íntimo coração.
Sinto-me atingida pela sua ausência destes termináveis dias.
Uma pausa se fez necessária na nossa história.
Saio correndo, me afasto de você e de tudo.
Sem alegria, sem sorriso, sem a minha graciosidade.
Você não me impediu, foi embora sem nenhuma manifestação.
Caio em desespero porque a pausa pode ser definitiva.
Um momento, uma história vivida.
Um acontecimento, uma conversa decisiva.
Decisões tomadas com sabor de coração destruído.
Uma interrupção não planejada e nem desejada.
15.01.2007
* Se copiar, favor divulgar a autoria. Obrigada!