esqueletos caminhando contra o vento

a fumaça impede ver o
caminho, e ele está bem
à frente.
boas intenções estão borradas,
e seus nomes eu vejo na chama
do sossego que mentiram.
uma mão lava a outra nessa
fogueira, e a dor é uma velha
amiga.
nela eu acendo um cigarro, e
mais um depois, e depois, e
por assim vou.
cuidado pra que? o fim do
nevoeiro não está próximo,
posso senti-lo em meus
pulmões. ou talvez seja a doença.
a imortalidade que tanto pregam
de uma vida saudável.
mas estar na dúvida; sem a certeza
de uma coerência nesses passos,
isso sim me parece melhor.

libertador, como alguns diriam.
afastado de quem querem que
eu seja.
porque o final é para todos,
assim como o sol se levanta
todos as manhãs de sua cama
para nos lembrar
que há mais por vir.
Cleber Junior
Enviado por Cleber Junior em 02/08/2017
Código do texto: T6072213
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