Pulando para o infinito
A corda paira sobre nossas cabeças,
recordação do quanto pequenos somos,
triste lamento de vidas vazias,
buscando sentidos em suspiros,
tateando por horizontes em castelos de areia,
voando como gaivotas de papel,
ao sabor da maresia e da tempestade,
revolvendo as ondas de um mar bravio,
gritando por socorro numa multidão de estranhos...
Rasgando o véu que cobre a visão,
só nós sabemos o que suportamos,
a dor que nos corrói não é mensurável...
O fio da navalha corta a carne e a alma,
desfaz a dramatização cotidiana,
reifica o verdadeiro reflexo no espelho,
sangue brotando de um coração alvejado,
na imensidão de uma escuridão eterna,
clamando por redenção,
balançando-se no abismo da perdição,
sorrindo para um poço sem fundo,
desejando apenas tocar as estrelas do universo...
Derrubando as paredes que aprisionam,
só nós sabemos os pensamentos que nos torturam,
a angústia que nos vence à cada dia...
O oceano parece tão sedutor,
sua água gelada em nossos pés,
congelando cada sensação humana,
âncora que assovia ao longe,
no naufrágio de nossos espíritos,
afogando problemas e sonhos perdidos,
esperando o fim chegar sem avisar,
na paz de um silêncio imposto,
orando para as divindades serem cordiais...
Pulando para o infinito do fim,
só nós sabemos a loucura que nos controla,
as amarras das quais precisamos nos desatar...
Inspirado em: #Linkin Park - R.I.P - Waiting For The End