Ensina-me a Perdoar!!!
A madrugada acorda o silêncio do quarto,
E esta dor esquecida ressuscita na alma.
E com ela, tudo o que nos parecia morto,
Como Fênix, abre-se no inverso da calma.
Os olhos se abrem para o dia ainda distante,
Os ponteiros da hora diminuem a celeridade,
E em cada minuto vibra a insana eternidade.
A boca, então, se abre a uma prece vibrante.
A loucura extrapola sua ira por todos os poros,
A ansiedade busca luz tênue por trás da cortina,
E no silêncio, a cabeça vibra aos sinos sonoros,
Pelo quarto passeia esta memória como sina.
Não há paraíso para a dor que o tempo elimina?
Não! Vive em segredo a espera desta hora perfeita.
Porque não se consegue matar a dor antes desfeita.
Ensina-me, Senhor, a perdoar,
E no meu perdão, talvez, esta madrugada termine!