CURVA DO TEMPO
CURVA DO TEMPO
Inebriada como vinho
Transbordo em ti...
Sob teu olhar contemplativo
Desnudo todos os meus quereres contidos
Onde levo a minha péle e deixo-me em ti
Minhas fantasias são fotografias
Não reveladas aos teus olhos
Mergulha minha frágil lucidez
E nesse ebrioso sentimento
Por ele respiro e vivo
É nele que me denuncio em palavras adiadas
Que se alinham em direção ao meu corpo
As visitações das saudades que me eclodem
De inadiáveis desejos
Sou tragada pela sede que tenho de tua boca
Neste vento que leva o canto
Num grito bocejado
Nele anuncio-te as minhas saudades absolutas
Ansiando pelo sopro da tua presença
Súplicas de calma que necessita a minha alma
Nas minhas mais longas esperas
Presa nesta doce e odorífera vontade de você
Irei levar-te para sempre dentro de mim.
By Joelma Antunes