Um resto de poesia.

Me pego desejando

Que os raios de luz de Sol

Iluminem um pouco mais

As cores desbotadas

dos varais da minha infância

Lençóis de criança

Perdidos no tempo e distancia

Caras alegres de outros dias

Colhendo tristes frutos

Da estupidez semeada

Sol, infância, lençol

Não restou quase nada

Talvez um resto de poesia

Que a força dos ventos

Faz soprar por entre as folhas

Outros dias vem

Nasceres do Sol

Coloridos sem cor

Brilhares sem brilho

Pouca coisa

Quase nada

Nada além

da cor desbotada

Edson Ricardo Paiva