Não quero cópias
Não quero genialidades
Não quero sofisticação...
Sapato?
Aquele que me faz andar sem dor.
Roupa... aquela que não pinica.
Não quero a elegâncio
eurocêntrica num calor senegalesco.
Nem quero a pompa e circunstância
para o cotidiano burlesco.
Quero a simplicidade de lírios.
Quero a sonoridade de pássaros
que cantam leves pela manhã.
Ou a sinfonia do silêncio
de pulmões que apenas respiram.
Não quero o disfarce social
do sorriso amarelo
Dos olhos pintados ou
de cílios postiços...
Não quero a visão postiça.
Não quero fingir que vi.
Que entendi
Que aceito.
Meu corpo rejeita coisas
automaticamente
Como se estivesse
em surto de fagocitose.
Não quero a transparência
enigmática.
Quero o verbo direto.
A explicação lógica e didática.
Quero resolver a equação
e descobrir igualdades.
Quero tripudiar de desigualdades.
Não quero iniquidades elegantes.
Melindres franceses
para hábitos tupiniquins
Quem passeando pelo abismos
Não se sente absorvido por ele.
E gira e torna e se perde.
E se sente caótico.
Subtraído.
E capaz de fazer outros
se perderem.
E fazerem almas sorvidas pelas
frestas
recitarem hai cai.
Quem?
Pecou ou foi santo.
Quem foi intocável?
Quem permaneceu intacto?
Além das transcendências.
Além do previsto.
Além do visto ou percebido.
Exibiu pureza sem ter nascido.
Exibiu existência concreta se era
apenas etéreo.
Apareceu. Desapareceu.
Desmereceu.
Não quero sinceramente
esse refinamento
O funil sufoca.
Humilha
E faz de mim, algo menor.
Algo compacto e desidratado.
Hoje, meço palavras
em poesias.
Meço ideias em nuvens.
Meço lirismo em gotas de chuva
E choro por solidariedade ao tempo.
Porque as medidas do infinito
cabem exatamente na métrica
do esquema.
Entre setas e curare.
Envenenamos tudo com
a pretensão de pureza.
Miro o alvo e acerto a vaidade.
Poluimos o planeta com
a disputa inútil de poder.
Não quero genialidades
Não quero sofisticação...
Sapato?
Aquele que me faz andar sem dor.
Roupa... aquela que não pinica.
Não quero a elegâncio
eurocêntrica num calor senegalesco.
Nem quero a pompa e circunstância
para o cotidiano burlesco.
Quero a simplicidade de lírios.
Quero a sonoridade de pássaros
que cantam leves pela manhã.
Ou a sinfonia do silêncio
de pulmões que apenas respiram.
Não quero o disfarce social
do sorriso amarelo
Dos olhos pintados ou
de cílios postiços...
Não quero a visão postiça.
Não quero fingir que vi.
Que entendi
Que aceito.
Meu corpo rejeita coisas
automaticamente
Como se estivesse
em surto de fagocitose.
Não quero a transparência
enigmática.
Quero o verbo direto.
A explicação lógica e didática.
Quero resolver a equação
e descobrir igualdades.
Quero tripudiar de desigualdades.
Não quero iniquidades elegantes.
Melindres franceses
para hábitos tupiniquins
Quem passeando pelo abismos
Não se sente absorvido por ele.
E gira e torna e se perde.
E se sente caótico.
Subtraído.
E capaz de fazer outros
se perderem.
E fazerem almas sorvidas pelas
frestas
recitarem hai cai.
Quem?
Pecou ou foi santo.
Quem foi intocável?
Quem permaneceu intacto?
Além das transcendências.
Além do previsto.
Além do visto ou percebido.
Exibiu pureza sem ter nascido.
Exibiu existência concreta se era
apenas etéreo.
Apareceu. Desapareceu.
Desmereceu.
Não quero sinceramente
esse refinamento
O funil sufoca.
Humilha
E faz de mim, algo menor.
Algo compacto e desidratado.
Hoje, meço palavras
em poesias.
Meço ideias em nuvens.
Meço lirismo em gotas de chuva
E choro por solidariedade ao tempo.
Porque as medidas do infinito
cabem exatamente na métrica
do esquema.
Entre setas e curare.
Envenenamos tudo com
a pretensão de pureza.
Miro o alvo e acerto a vaidade.
Poluimos o planeta com
a disputa inútil de poder.