Tu achas, meu amor? (Por que eu não.)
Tu achas que irei
engolir tua ignorância
Como quem se delicia
Com uma saborosa pizza?
Tu achas que em silêncio ficarei
Enquanto tu vens até mim
E corta-me com uma faca?
Tu achas que teu carinho
Me ilude e faz-me esquecer
De que tu já derramou meu sangue?
Tu achas que eu ainda nutro
Um sentindo genuíno por ti
Como quem nutre uma roseira no verão?
Tu achas que estou aos teus pés
Como estive outrora?
Tu achas que a tua palavra, pra mim, é a verdade absoluta?
Tu achas isso, meu amor?
Tu achas que eu engulo
Teu veneno como se fosse mel?
E tu achas que me envena
Com todo esse teu fel?
Tu achas?
Por que eu não.
Não engano mais com tuas promessas
Nem caio na tua teia de mentiras e tentativas de me fazer sentir culpa pelo teu jeito de ser.
A porta está aberta, querido.
Você gritou comigo, repetidamente, e dizia para eu "acordar para a vida"
Agora eu te obedeci.
Acordei para a vida
E percebi que o melhor pra mim
É você longe de mim.
E assim como a manhã traz a luz
E leva a escuridão.
O Sol nasceu para mim
E veio para levar toda essa treva para longe de mim.