Eu

Cá estou novamente.

Seria esse chão o meu destino?

Seria essa tristeza o meu maior legado?

Eu, o filho da Sabedoria, desacreditado por ser nécio.

Eu, vivo, condenado à morte por um deus abissal.

Eu, triste, destinado a padecer quando for feliz.

Eu, fraco, fadado ao fracasso quando for forte.

Eu, maluco, temendo a sanidade.

Eu, maldito, trilhando o caminho errado até minha bênção.

Eu, cansado, não sabendo como descansar.

Eu, salvo, na trilha para salvar alguém.

Eu, Oito, o homem mais triste da história.

Sarah Magno
Enviado por Sarah Magno em 19/06/2017
Código do texto: T6031830
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