A lágrima
Cada lágrima que em meu rosto escorre
Deixa vestígios que o tempo não apaga
Traça marcas pela face e morre
No canto da boca se consome...
E, logo mais, outra brota
Sem nem mesmo pedir permissão
Todas umedecem meu rosto
De repente se tornam um turbilhão...
Será sinal de fraqueza
De alguém que não quer se enfrentar?
Uma fuga talvez seria o motivo
Desta vida sofrida desviar?
Covardia, pois no choro, sinto pena de mim
O pior dos sentimentos que se pode ter
Não se deve ter dó de ninguém
E eis-me agora sentindo-me assim...
Esta vida me pregou peças
E continua da mesma forma agindo
Se acho que meu estoque de lágrimas secou
A barragem se rompe e inunda tudo outra vez...