A lágrima

Cada lágrima que em meu rosto escorre

Deixa vestígios que o tempo não apaga

Traça marcas pela face e morre

No canto da boca se consome...

E, logo mais, outra brota

Sem nem mesmo pedir permissão

Todas umedecem meu rosto

De repente se tornam um turbilhão...

Será sinal de fraqueza

De alguém que não quer se enfrentar?

Uma fuga talvez seria o motivo

Desta vida sofrida desviar?

Covardia, pois no choro, sinto pena de mim

O pior dos sentimentos que se pode ter

Não se deve ter dó de ninguém

E eis-me agora sentindo-me assim...

Esta vida me pregou peças

E continua da mesma forma agindo

Se acho que meu estoque de lágrimas secou

A barragem se rompe e inunda tudo outra vez...

Luna MG
Enviado por Luna MG em 11/08/2007
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