Bem vindo ao inferno

Não quiseste o que já estava pronto,

Recusaste o caminho certo

Sempre buscas mais,

Perto do que é torto

corre solitário pela estrada sinuosa

Prostado diante do precipício

Blasfemando antes de se jogar

De olhos vendados

Confiando num Deus

Que não salva,

Nem abençoa

Muito menos liberta

Assim és como:

O cão, que lambe os pés

Do dono que maltrata

Como um homem

Que persegue uma mulher

Que se deita com outro

E oferece sua raba

Pra qualquer um

Que lhe pague uma bebida

Porém, entre os tropeços

E nítida a evolução,

Da mente, do corpo

Do amor que nasce

Entre versos.

Como as flores feitas

Pro teu velório,

Onde ninguém há de chorar

Nem aparecer pra dizer Adeus

Uma cova rasa, num caixão de madeirite

Levado pelas cordas

Por dois funcionários bêbados.

Maldito homem fraco

Morto em vida

Findado após um

Suicídio. Sem volta!

Bem vindo ao inferno

Poeta maldito.

Leandro C Sbrissia
Enviado por Leandro C Sbrissia em 08/06/2017
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