Asas Sangradas.

Maldita tristeza que se afortuna

Senhor, o escaravelho, apodrece

Tornando o solo, o seu alimento

Teu laço dobra-se pelo tempo

E me faz pensar como fui teu amigo

E nesta víscera, eu vou andando

Deixando passos nos meus pés cansados.

Ora sem fala, ora sem ocasiões.

A dama de face para o horizonte

Entretanto, resto ainda ferido,

Cicatriza minhas asas sangradas.

Pois deixo o fado ser o meu caminho,

Como céu, sobre a constelação!"

E como ancião, sou só saudade.

Ednaldo Santos
Enviado por Ednaldo Santos em 02/06/2017
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