Quero saber merecer, ó princesa,

Quero saber merecer, ó princesa,

Todo o amor que tu dás para mim;

Já não suporto a injustiça, é certeza,

Tu me dás tudo, eu só fujo dum fim.

Fujo tão mal, mas tu és tão mais boa,

Qual o limite da paz, ó garota?

Sempre bondosa, excelente garota,

Nunca deixaste de agir de princesa,

Eu, idiota e abusado, tu boa,

Como ainda posso te ter para mim?

Chances que dás, eu as ponho num fim:

Dia seguinte também, é certeza...

Basta esperar, eu já tenho certeza:

Logo de novo errarei, ó garota.

Tu, novamente, não vais dar um fim,

Mas como posso te ter tão princesa?...

Eu não mereço que sejas a mim

Essa heroína tão casta, tão boa.

Anjos talvez merecessem tão boa

Fada, mas disso não tenho certeza.

Ora, e eu? Que será então de mim?

Nada. Sou nada. Sou nada, garota.

Nada. Mas tu? Tu és tudo, princesa,

E esse é o motivo; mereço eu um fim...

Mau, doloroso, doído meu fim,

Longe de alguém como tu, tão, tão boa.

Pois um duende não tem a princesa,

E eu sou doente; então é certeza...

Tempo demais já te tive, garota,

Hora de não aturar mais a mim.

Nunca foi certo gostares de mim,

Essa injustiça merece ter fim;

Eu não mereço nem feia garota,

Minha vidinha não pode ser boa.

Não te mereço; eu tenho certeza;

Não sou um príncipe pra ter princesa.

Mas a princesa ainda gosta de mim

Tem a certeza de que não quer fim...

Como há garota comigo tão boa!?!?

22/5/2017

Malveira Cruz
Enviado por Malveira Cruz em 22/05/2017
Reeditado em 20/06/2017
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