Baú aberto
Eu gosto das coisas inúteis
Eu guardo tantas coisas fúteis
E esqueço o que é importante
De minhas mãos caiu o instante
Que valia, e agora em pedaços
Ocupam valioso espaço
Das coisas que seriam úteis
Em nos deixar ocupados
Nada pode ser constante
O coração pesado e preocupado
Com os ocultos pecados
Que rebelados vieram emergir
Ao jogar fora o antigo e guardado
Doeram meus ossos e artérias
Conversa fiada é coisa séria
Não há perfume no passado.
Henrique Rodrigues Soares – Canibais Urbanos
Março – 2017.