Escolhas.

Num dia a gente nasce

Noutros dias cresce

E vive

Vive coisas tão incríveis

Simplesmente

Sem saber-lhes

Quais as causas

A vida vai passando

desde quando a gente nasce

O tempo simplesmente

Jamais faz uma pausa

Na verdade o tempo mente

Enquanto a vida nos esconde

Quando e onde

Uma brisa muito branda

Chega assim, tão de repente

E vem bater na cara da gente

Enquanto manda

Manda a gente se dar conta

Que um tempo sem monta

Cercado de requinte

E um certo acinte

Fez nascer no coração

Uma saudade um tanto incerta

do tempo que a gente vivia

E não via

Que devia ter parado,

Olhado pros dois lados...

Antes de atravessar

Uma rua do passado

E visto o que estava escrito

Nas entrelinhas de uma esquina

Pois, daquela vez

Talvez fosse a hora

de simplesmente prosseguir

Pela mesma calçada

Pra ver onde ela termina

Há ruas que ainda estão lá

Pra sempre nos aguardando

Nos caminhos do passado

Mas não saberemos jamais

Quais serão e onde estão

Nesta vida sem tamanho

Infestada

de uma grande quantidade de palavras

que jamais foram verdades

E de sonhos

E tantas alegrias verdadeiras

Perdidas

Pra sempre esquecidas

Pelos caminhos da vida.

Edson Ricardo Paiva